domingo, 29 de dezembro de 2013

Talvez seja mal de escritor.

Talvez seja mal de escritor,
E só talvez ,
a gente faça as coisas parecerem mais interessantes,
Mais românticas talvez;
Mas também as vezes,
As coisas são incríveis por si só,
E apenas precisem de alguém para contar.
Precisa-se observar,
Quanto mais simples,
Mais incrível é.
Controverso isso, talvez.
Mas essa é a grande questão,
Um abraço de despedida,
[que tenta parar o tempo]
Uma romântica declaração,
[que resume o infinito]
Um olhar cúmplice,
[que fala tudo e nada].
Tudo, tudo em sua essência é simples,
E surpreendentemente incríveis.
Mas talvez isso seja só mal de escritor,
Que mais uma vez tenta melhorar as coisas,
Arrumando um pouco as palavras;
Mas as vezes, talvez só as vezes,
Nem se precise de nada,

Ai só se escreve! 

Bruno P. Trajano

Palavras não escritas.

Me deixe ler suas palavras,
As vezes o que é escrito tem mais valor,

Quebrar o silencio não pareceria uma boa ideia.
A lua, as estrelas, nuvens,
Olhares,sorrisos e eu ainda pediria um beijo,
Mas não haveriam palavras.
O vento ao tocar seu rosto,
A reação tão rápida na sua pele,
E o seu rosto lhe denunciando,
Sua falta de saber o que fazer.
Eu leio suas palavras,
mas elas não estão no papel.
Você me olha assim,
E talvez ainda não veja como eu,
Mas eu ainda lerei você
E você saberá
quando minhas palavras

forem escritas com o olhar.  

Bruno P. Trajano

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Por um tempo.

E você vai sumir (da minha vida)
E eu vou me importar, mas vou fingir não ligar,
 por um tempo.
Você vai ter se afastado, talvez não por querer,
E eu vou me importar, vou ligar e te procurar,
 por um tempo.
Você vai fazer as coisas que mais te importam
E eu vou me importar, vou te encorajar e dizer que estou do teu lado,
 por um tempo.
Você vai crescer e ficar mais forte e feliz,
E eu vou me importar ficar feliz por você e triste por mim,
 por um tempo.
Você vai continuar e fazer tudo o que mais importa,
E eu vou me importar, e acompanhar mesmo de longe o que  você conseguir.
Você vai ficar sem tempo, e vai mesmo sumir pra mim.
E eu já não vou me importar, 
mas só por um tempo,

Pois logo nos veremos, continuaremos dizendo isso,
por um tempo. 

Bruno P. Trajano

Liberte-se

Eu lembro quando nada
Me prendia,
Lembro quando nada
Lhe prendia.
E pensar que hoje é tão fácil
Sermos escravos,
Do tempo, do trabalho,
Dos deveres, dos afazeres.
É quase algo voluntario,
E por isso mesmo eu decidi sair.
Não quero que julgues mais,
Nem quero que pense demais;
Apenas abrace comigo
Essa, talvez, falsa liberdade.
Apenas me abrace,
E faça isso com vontade;
Esqueça por um instante o que passou,
E esteja livre como eu finjo que estou.
Esqueça por uns dias, por horas,
Ao menos minutos.
Esqueça os outros, o passado,
Esqueça o dia de fato,

E liberte-se comigo.

Canoeiro Holmes 
( Encontre essa e outras no blog O Pescaria)