quinta-feira, 29 de junho de 2017

quando eu morrer

Não,
não consigo gostar que venha me ver.
Penso que seria melhor
se o fizesse só quando eu morrer.
Ao menos nessa ocasião,
saberei o que vai dizer,
e isso não vai nos ferir.
Quando eu morrer,
serei o perfeito caso perdido,
alguém muito bom,
um pouco esquisito.
Sem mais obrigações,
que acabariam comigo.
Quase aceitarás o meu não
e o meu "é impossível.
Quando eu morrer,
falará coisas boas sobre mim,
e irá jurar que me ajudaria
em tudo o que eu precisasse.
Essa ideia é agridoce,
fico feliz por imagina-la,
sua companhia seria valorosa,
infinitamente valiosa;

mas irreal.
Hoje,
sei que sua vinda,
me traria ordens de melhora,
um anseio pelo meu bem estar,
palavras rápidas,
e tom casual.

Uma presença pontual.
Hoje eu não sei melhorar,
e sinto muito por isso amigo,
pois sua visita,

evidencia minhas falhas,
seus olhar me condena,

vivemos um dilema
existe a pena,

 e tu mesmo querendo,
não conseguiria ajudar.
Se eu morrer,
venha me ver,
ou não venha,

o mundo girará 
quando eu morrer

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